Contextualizando a Pedagogia
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Salman Khan
Quem é Salman Khan?
É o engenheiro e matemático criador da Khan Academy, uma instituição sem fins lucrativos que publica vídeo aulas no YouTube e permite que qualquer pessoa as acesse. Suas 2 700 aulas em vídeo já foram vistas mais de 115 milhões de vezes, em pouco mais de cinco anos. Seus alunos estão espalhados pelo mundo e incluem até Bill Gates, que acompanha as aulas com seus filhos. Ele começou ajudando uma prima com dificuldades em Matemática. Hoje, ensina via YouTube para uma classe de quatro milhões de internautas. Com vídeos curtos e simples sobre diversas áreas do conhecimento, o engenheiro e matemático indiano Salman Khan virou febre na rede mundial. No Brasil, a difusão de seu trabalho amplificou-se com o lançamento da versão em português de parte de suas aulas. Mas pouco se falou do fenômeno do ponto de vista pedagógico.
O que ele fez?
Produziu e publicou vídeos e exercícios gratuitos sobre diversas áreas do conhecimento. Há quase cinco anos, Khan ajudava uma prima de 12 anos que tinha dificuldade em Matemática. Ela estava em New Orleans, ele, em Boston. Nesse período, Khan chegou a criar um software de exercícios, mas depois descobriu que a melhor solução seria gravar vídeos e colocá-los no YouTube, pois poderia ensinar uma vez e ser visto várias vezes. No começo, os alunos eram outros parentes. Em um mês, chegaram os primeiros e-mails de agradecimento de estranhos. Os vídeos começaram a ser vistos centenas, depois milhares de vezes. Em 2009, abandonou o emprego para dedicar-se integralmente ao projeto.
Como funciona a Khan Academy?
O site é basicamente uma coleção de links para os vídeos no YouTube. O forte é a Matemática, mas há aulas de Biologia, Química, Física e finanças. Os vídeos são muito simples: ouve-se apenas a voz do professor, e na tela preta vão surgindo os traços que ele desenha numa prancheta conectada a seu computador. As aulas são curtas: têm entre 10 e 15 minutos, e os temas são sempre bem específicos.
As aulas já foram traduzidas para o português?
Parte delas sim. A Fundação Lemann, em parceria com o Instituto Natura e com o Instituto Península, está traduzindo as aulas da Khan Academy para o português. Atualmente, estão disponíveis no site da Lemann 39 aulas de Aritmética, 15 de Física e 12 de Química. Elas serão usadas em um projeto piloto em três escolas da rede municipal de ensino de São Paulo, com seis turmas de 5º ano. Um grupo de professores vai ser treinado para levar os vídeos e os exercícios de Aritmética para a sala de aula. "Essa ferramenta não substitui o professor, de maneira nenhuma", explica Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann. "Queremos que ela sirva como um instrumento para que os profissionais possam planejar suas aulas de acordo com as necessidades dos alunos", diz.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/quem-salman-khan-676511.shtml
sexta-feira, 16 de maio de 2014
IPad pode ajudar crianças com deficiência visual, diz pesquisa
Tradicionalmente os terapeutas que tratam estas crianças usam caixas de luz; tablet simulou esse método
07 de outubro de 2011 | 9h 20
A intervenção antecipada na vida das crianças que padecem desta incapacidade é fundamental, afirmam os pesquisadores da Universidade do Kansas, já que, com as técnicas adequadas, a visão pode melhorar com o passar do tempo - e o iPad poderia ter um papel "crucial" neste processo.
Esta deficiência pode se manifestar desde o nascimento e sua gravidade depende do tipo de lesão do paciente, mas sempre requer cuidados específicos e uma educação especial.
A doutora Muriel Saunders do Life Span Istitute da Universidade do Kansas, especializado em pacientes com incapacidades, utilizou os tablets da Apple em seu trabalho terapêutico com um grupo de 15 crianças e "ficamos totalmente surpresos", comentou.
"As crianças que normalmente não veem as pessoas, não respondem a objetos ou respondem de uma maneira muito repetitiva, ficaram fascinadas com o iPad", destacou a médica, que ajuda a desenvolver as habilidades da linguagem nos pequenos pacientes.
Tradicionalmente os terapeutas que tratam estas crianças usam uma caixa de luz, similar a que os médicos empregam para ver uma radiografia, já que é mais fácil ver as luzes e os objetos em alto contraste.
"Uma pessoa com DVC grave passa muito tempo olhando para as luzes. Embora não distingam com clareza, "pode ser que vejam algo, mas não veem os rostos ou os objetos. Portanto, é como se fossem cegos", explicou Muriel.
A médica seguiu a sugestão de um de seus colaboradores de usar o iPad como réplica da caixa de luz e descobriram que as possibilidades de interagir com sons e cores são muito mais atrativas para as crianças.sons, imagens e silhuetas de cores sobre um fundo branco.
Muriel frisou que esta é apenas uma pequena amostra e ainda falta uma pesquisa formal para documentar o poder do iPad para ajudar estas crianças.
"Usando o iPad, os meninos não só podem interagir com a tela, mas podemos ensinar através de uma série de passos a controlar as coisas nessa tela", considerou a médica, que agora procura financiamento para realizar uma pesquisa mais profunda.
Durante os testes iniciais, Muriel contou com a colaboração de especialistas do Junior Blind of America, uma instituição que se dedica a trabalhar com crianças cegas.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,ipad-pode-ajudar-criancas-com-deficiencia-visual-diz-pesquisa,782407,0.htm
terça-feira, 6 de maio de 2014
TECNOLOGIA EM SALA DE AULA
Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula
ainda é pouco frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a
formação não considera essas tecnologias, e se restringe ao teórico, ou
seja, o professor precisa buscar esse conhecimento em outros espaços.
Isso nem sempre funciona, pois frequentar cursos de poucas horas nem
sempre garante ao professor segurança e domínio dessas tecnologias.
Embora alguns ainda se sintam inseguros e despreparados, muitos educadores já perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar novidades para a sala de aula, seja com uma atividade prática no computador, com videogame, tablets e até mesmo com o celular.
O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de mero receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais ativo e participativo. O ideal seria testar as novas tecnologias e identificar quais se enquadram na realidade da escola e dos alunos. Uma das dificuldades é a falta de infraestrutura de algumas escolas e a falta de formação de qualidade para os professores quanto ao uso dessas novas tecnologias.
A tecnologia também auxilia o professor na busca por conteúdos a serem trabalhados. O Google, por exemplo, criou um espaço próprio para a educação, o Google Play for Education – que será lançado no segundo semestre, sendo a versão em português ainda sem data de lançamento. A finalidade é auxiliar professores que buscam atividades educacionais com tecnologia. O programa faz uma peneira por disciplina e série para sugerir aplicativos educacionais específicos para tablets. O professor pode, por exemplo, criar um grupo da sala em que todos os alunos poderão acessar o aplicativo, facilitando a participação.
Hoje, com todos os avanços, existe a necessidade de adequação, de abertura para o novo, a fim de tornar as aulas mais atraentes, participativas e eficientes. A ideia não é abandonar o quadro negro, mas usar das novas tecnologias em sala de aula.
Embora alguns ainda se sintam inseguros e despreparados, muitos educadores já perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar novidades para a sala de aula, seja com uma atividade prática no computador, com videogame, tablets e até mesmo com o celular.
O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de mero receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais ativo e participativo. O ideal seria testar as novas tecnologias e identificar quais se enquadram na realidade da escola e dos alunos. Uma das dificuldades é a falta de infraestrutura de algumas escolas e a falta de formação de qualidade para os professores quanto ao uso dessas novas tecnologias.
A tecnologia também auxilia o professor na busca por conteúdos a serem trabalhados. O Google, por exemplo, criou um espaço próprio para a educação, o Google Play for Education – que será lançado no segundo semestre, sendo a versão em português ainda sem data de lançamento. A finalidade é auxiliar professores que buscam atividades educacionais com tecnologia. O programa faz uma peneira por disciplina e série para sugerir aplicativos educacionais específicos para tablets. O professor pode, por exemplo, criar um grupo da sala em que todos os alunos poderão acessar o aplicativo, facilitando a participação.
Hoje, com todos os avanços, existe a necessidade de adequação, de abertura para o novo, a fim de tornar as aulas mais atraentes, participativas e eficientes. A ideia não é abandonar o quadro negro, mas usar das novas tecnologias em sala de aula.
>> Artigo escrito pela Central de Notícias do Direitos da Infância e Adolescência – Ciranda.
Fonte:http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/educacao-e-midia/uso-das-novas-tecnologias-em-sala-de-aula/
Laboratório sobre rodas conecta escolas rurais
ONG coloca painéis solares em carros SUV e leva computadores com acesso à internet a alunos de áreas remotas de Uganda
Para possibilitar a criação de um laboratório de informática móvel, dois Toyota RAV4 foram modificados a fim de acomodar, cada um, três painéis solares, 15 computadores, mesas e cadeiras dobráveis, além de outros acessórios. Todo o material, especialmente customizado para caber no carro, é acompanhado por dois professores de informática. Além de ser capaz de chegar a qualquer escola, independentemente de sua localização, a sala de aula móvel também disponibiliza um software de treinamento que atende a diferentes habilidades de aprendizagem, o que permite que os alunos aprendam dentro do seu próprio ritmo. Além disso, o software pode ser traduzido em qualquer língua e, dessa forma, as instruções podem ser lidas nos idiomas locais. Por meio de jogos, as aulas se tornam mais agradáveis e fáceis de serem memorizadas, como ao usar um quebra-cabeças para ensinar o uso do mouse e do teclado.
crédito vanphoto / Fotolia.com
Matéria completa no site: http://porvir.org/porfazer/laboratorio-sobre-rodas-conecta-escolas-rurais/20131008#comments
RSO (Rede Social Oline)
Rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. "Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente."
Muito embora um dos princípios da rede seja sua abertura e porosidade, por ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as pessoas se dá através da identidade. "Os limites das redes não são limites de separação, mas limites de identidade. (...) Não é um limite físico, mas um limite de expectativas, de confiança e lealdade, o qual é permanentemente mantido e renegociado pela rede de comunicações."
As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (Facebook, Google+, Skype, Orkut, MySpace, Instagram, Twitter, Badoo, Stayfilm), redes profissionais (LinkedIn, Rede Trabalhar), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou medir o capital social – o valor que os indivíduos obtêm da rede social.
As redes sociais tem adquirido importância crescente na sociedade moderna. São caracterizadas primariamente pela autogeração de seu desenho, pela sua horizontalidade e sua descentralização.
Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse sentido, reflete um processo de fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior participação democrática e mobilização social.
Formas de redes sociais
As redes sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem se manifestar de diferentes formas. As principais são:
Redes comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em geral tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a situação do local ou prover outros benefícios.
Redes profissionais: prática conhecida como networking, tal como o LinkedIn, que procura fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos pessoais ou profissionais.
Redes sociais online: tais como Facebook, Google+, Orkut, MySpace, Twitter, Badoo WorldPlatform (normalmente estamos acostumados a redes sociais públicas, mas existem privadas. Normalmente, existem estágios de tempo em cada rede social até que se torne pública) que são um serviço online, plataforma ou site que foca em construir e refletir redes sociais ou relações sociais entre pessoas, que, por exemplo, compartilham interesses e/ou atividades, bate-papo, jogar com os amigos, entre outras funções.
Como já dito acima, existem redes sociais públicas, em que o registro está desbloqueado para todos. As privadas podem pedir o endereço eletrônico e só depois de uma resposta é que o registro fica disponível, nesse tipo de rede nem sempre são aceites todos os tipos de pessoas. Existem ainda as redes sociais pessoais, para família ou amigos, pouco conhecidas na Internet.
Os jogos nas redes sociais
Num curto período de tempo, apareceram os jogos especialmente feitos para as redes sociais. Estes são construídos por empresas externas, como por exemplo, a Zynga ou a EA Games. O modelo de jogo é muito diferente de um jogo convencional, os jogos presentes em redes sociais, são feitos para conseguir melhor pontuação do que os "amigos". A forma como os menus são apresentados mostra esse objetivo. As empresas não trabalham totalmente gratuitamente para esses jogos, aliás existem partes desses jogos que são pagos, como alguns itens e por vezes, níveis. Com o crescimento de grandes redes sociais, são cada vez mais as empresas que começam a criar, mediante grandes jogadores utilizarem redes sociais não só para comunicar mas para jogar.
Análise de redes sociais
A análise de redes sociais (relacionada com as redes complexas) surgiu como uma técnica chave na sociologia moderna. O conceito surgiu na Sociologia e Antropologia Social. No final do século XX, o termo passou a ser olhado como um novo paradigma das ciências sociais, vindo ser aplicada e desenvolvida no âmbito de disciplinas tão diversas como a antropologia, a biologia, os estudos de comunicação, a economia, a geografia, as ciências da informação, a psicologia social, a sociolinguística e, sobretudo, no serviço social.
A ideia de rede social começou a ser usada há cerca de um século atrás, para designar um conjunto complexo de relações entre membros de um sistema social a diferentes dimensões, desde a interpessoal à internacional.
Em 1954, J. A. Barnes começou a usar o termo sistematicamente para mostrar os padrões dos laços, incorporando os conceitos tradicionalmente usados quer pela sociedade quer pelos cientistas sociais: grupos bem definidos (ex.: tribos, famílias) e categorias sociais (ex.: gênero, grupo étnico).
Acadêmicos como S.D. Berkowitz, Stephen Borgatti, Ronald Burt, Kathleen Carley, Martin Everett, Katherine Faust, Linton Freeman, Mark Granovetter, David Knoke, David Krackhardt, Peter Marsden, Nicholas Mullins, Anatol Rapoport, Stanley Wasserman, Barry Wellman, Douglas R. White ou Harrison White expandiram e difundiram o uso sistemático da análise de redes sociais.
Em teoria, na estrutura das redes sociais os atores sociais se caracterizam mais pelas suas relações do que pelos seus atributos (gênero, idade, classe social). Estas relações tem uma densidade variável, a distância que separa dois atores é maior ou menor e alguns atores podem ocupar posições mais centrais que outros. Este fenômeno é explicado por alguns teóricos apontando a existência de laços fortes e fracos e a dos buracos estruturais onde se encontram os atores que não podem comunicar entre si a não ser por intermédio dum terceiro.
No estudo da estrutura das redes sociais é necessário incluir as relações de parentesco de seus membros, redes sociométricas, capital social, redes de apoio, de mobilização, interconexões entre empresas e redes de política pública.
É composta por três elementos básicos:
- Nós ou atores
- Vínculos
- Fluxos de informação (unidirecional ou bidimensional)
Referências
- Ir para cima ↑ [Duarte, Fábio e Frei, Klaus. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. (2008). O Tempo Das Redes, p. 156. Editora Perspectiva S/A. ISBN 978-85-273-0811-3]
- Ir para cima ↑ [Capra, Fritjof. Vivendo Redes. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. (2008). O Tempo Das Redes, pp. 21/23. Editora Perspectiva S/A. ISBN 978-85-273-0811-3]
- Ir para cima ↑ Linton Freeman, The Development of Social Network Analysis. Vancouver:Empirical Press, 2006.
- Ir para cima ↑ LEMIEUX,VINCENT. MATHIEU OUIMET, Sérgio Pereira. Análise Estrutural das Redes Sociais. 1ª Edição.Instituto Piaget. 2008/01. ISBN 9789727719334
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